Bem como todos podem verificar não tenho escrito ultimamente, a última postagem foi feita no final de agosto. Não porque me faltaram as idéias ou as palavras, mas porque há momento em que prefiro apenas refletir, sem que minha reflexão resulte em texto. O texto é a constituição do autor com tal, já a reflexão é livre, não se restringe ao documento, a autoria. Tenho pensado sobre muitas coisas, projetos pessoais, política, economia, história, educação e filosofia. Parece muito técnico? Eu sei, mas também gosto de me alienar pensando "bobagens", coisas do tipo como meu time sairá da zona de rebaixamento, a seleção do Dunga, o sacador de rolhas "super maneiro" que olhei numa vitrine, estas coisas...
Estou muito concentrado em projetos, mas as vezes acho isto um saco, as pessoas que conheço me dizem que preciso relaxar, e falar sobre "coisas banais", novelas, televisão, revistas de fofocas, etc. Eu não tenho a menor possibilidade de conversar sobre isto, sempre sou surpreendido com as frases de televisão que viram moda. Ou eu sou um ser insuportavelmente de outra "esfera pública" ou um iludido.
Para dizer a verdade as vezes gostaria de me sentir assim, um sujeito alienado, que não se dá conta das questões globais, dos mecanismos de poder, das instituições de controle, da política demagógica, das estruturas sociais que o capital nos impõe e das distorções ideológicas que entorpecem os sujeitos sem que estes se dêem conta de suas atribuições.
Em fim,ser ou não ser um alienado, os alienados são mais felizes? Freud dizia que não, mas será que os alienados são os outros, ou nós que nos dedicamos a árdua e sofrida tarefa de reflexão e análise da vida?
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