Se eu acreditasse em reencarnação diria que minha filha Júlia em alguma vida passada pudesse ter encarnado uma Joana Darc ou uma madre Tereza. Nunca vi criatura mais dócil, mais iluminada e digo mais, se acreditasse no processo de reencarnação, Júlia estaria na sua última passagem pela terra, certamente com esta encarnação ela teria alcançado o nirvana. Como não acredito em nada disso, digo que fui presenteado com uma estrela que brilha em nosso lar desde que nasceu.
No último ano levei comigo para Cabo Frio meu filho João Mateus (aos 13 anos) e escrevi sobre esta fabulosa aventura. Eu e João nos divertimos muito e comemos muito, lá ele dirigiu nosso carro pela primeira vez e me surpreendeu pela sua habilidade.
Este ano, Júlia me cobrou: - Pai eu quero ir com você para Cabo Frio,só nós dois!
Na semana passada tomei coragem e carreguei minha filha comigo, entre as diferenças de viajar com Júlia e João posso citar o volume da bagagem, a da Júlia foi duas vezes o volume do João.
Viajar com Júlia foi sublime, ri muito das suas histórias e observações, não tive qualquer aborrecimento (por incrível que pareça com João também não!), apenas alegrias.
Júlia é tão generosa que quando visitamos o canil municipal instalado lá na Fazenda Campos Novos, o animal que ela mais se apegou foi uma cadelinha paralítica que corria toda feliz atrás dela pelo gramado arrastando as duas patas traseiras.
Na casa de nossos amigos, onde ela ficou hospedada a família quase a adotou, todos me diziam o quanto ela era agradável.
Meus programas com Júlia também foram diferentes em relação ao João, com Júlia o foco não foram restaurantes e lanchonetes, mas a sorveterias e docerias. Passeamos para olhar vitrines e fizemos compras em lojas de roupas e souvenirs.
Júlia é um exemplo, um grande aprendizado para mim, conviver com ela é estar todo o tempo em contado com a simplicidade, com a tolerância e compaixão, é também conviver com a espontaneidade e ingenuidade.
Se eu pudesse descrever Júlia numa só frase eu diria que ela reflete o significado do próprio nome; cheia de Júbilo.
Relatório de viagem de um pai conscientemente coruja.
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