domingo, agosto 10, 2014

1939 – O nascimento de um Mahatma.

 O marco inicial ocorreu no ano de 1939, quando o exército alemão invadiu a Polônia. De imediato, a França e a Inglaterra declararam guerra à Alemanha. De acordo com a política de alianças militares existentes na época, formaram-se dois grupos: Aliados (liderados por Inglaterra, URSS, França e Estados Unidos) e Eixo (Alemanha, Itália e Japão ).

Os eventos que o mundo presenciava neste ano, resultaram numa guerra cujas proporções trouxeram traumas avassaladores nos países de vários continentes. A bomba atômica foi o referencial mais significativo dessa guerra que termina em 1945.
O que o mundo não contava é que neste ano nasceria um segundo “Mahatma” (Grande Alma) Gandhi. Ao contrário do outro, este nasceu no Brasil, especificamente em Teresópolis. Ao contrário do outro Gandhi, este não lutou pela libertação de sua nação, não fez greves de fome, não denunciou a exploração e o poder imperialista. Este Mahatma brasileiro não era formado em direito pela Universidade de Londres, tampouco viajou pelo mundo na tentativa de entender os poderes dominantes.
O Mahatma que nasceu neste período tão conturbado da história ocidental, não se envolveu com movimentos de militância política, não se tornou celebridade, muito menos conheceu a erudição das academias.
Se o mundo soubesse... Neste período de tantas turbulências, nasceu um pacificador. Isto mesmo, um bem aventurado!  Esta Grande Alma não mudou o mundo, mas transformou a vida de todos que com ele conviveram. Seu despojamento de tudo que é matéria nos remete a um cristianismo puro (“não junteis tesouro na terra onde a traça tudo corrói”). Sua simplicidade e humildade faz lembrar Francisco de Assis, a quem a todos chamou; Irmão.
Este Mahatma dedicou sua vida a Família e a Fé, dois legítimos alvos. Foi e é exemplo de valores como honestidade, ética, solidariedade e amizade. Abdicou-se de seus próprios sonhos e hoje se realiza na felicidade dos filhos e da esposa. Este Mahatma atende pelo nome de Manoel e como diz a canção, vai pro céu! Mas não temos pressa é claro, já que sua alma se assemelha a de uma criança, meiga e ingênua. Esperamos ainda comemorar muito esta data. 

Uma pena que hoje não tenhamos mais tanta certeza sobre o futuro. 

Jonatas Carvalho