Por estes dias, uma estrela de brilho singular se deslocou dos céus do Rio de Janeiro para se juntar a uma constelação que passou por Cabo Frio.
Dizem os astrônomos que na medida em que as estrelas vão envelhecendo perdem proporcionalmente seu brilho, mas há um tipo de estrela rara, que resulta da fusão de duas estrelas binárias, batizadas como crojocas (de "cromosfericamente jovem e cinematicamente antiga"). As crojocas são estrelas relativamente velhas, cuja cromosfera foi rejuvenescida pela fusão, tal fusão resulta em um comportamento paradoxal, pois como nas estrelas jovens, ela possui uma intensa atividade, no entanto, desloca-se em alta velocidade como as antigas. Uma característica das crojocas é que embora possuam uma massa relativamente pequena, sua vida é significativamente longa.
A estrela que por aqui passou, assim como as demais, era cadente e iria decorar nosso empobrecido céu por apenas algumas horas, mas por pura complacência resolveu irradiar sua luz sobre nós por três dias e três noites.
Nós os mortais, atraídos por sua luz, não conseguimos evitar fixar nossos olhares, não nos contivemos em amontoarmos ao redor de sua luminosidade, não tivemos qualquer pudor em tentar captar sua energia.
A estrela, dentre tantas outras que aqui passaram por estes dias, estrelas inclusive de renome, radiou mais que todas as outras, a semelhança do poético texto bíblico, ela se fez carne e habitou entre nós. A estrela se chama Marilene, mas poderia ser Mari-estrela....uma crojoca.
Com a gratidão de um aprendiz.
Jonatas.
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