Quantos médicos e outros especialistas serão necessários para compelir o Ocidente na detenção do projeto sionista de genocídio? A médica Tanya Haj-Hassan, do Médicos Sem Fronteiras (MSF), mais recentemente, e muitos outros profissionais que estiveram em Gaza, denunciam o projeto genocida liderado por Netanyahu, mas que vai muito além dele. A coordenadora do MSF, Dra. Amande Bazerolle, denunciou que o cerco a ajuda humanitária tem transformado Gaza numa grande vala comum de corpos palestinos.
Centenas de crianças com menos de 5 anos de idade morrem de fome a cada semana, mesmo com a presença de caminhões e caminhões de comida a poucos quilômetros dali. As organizações de ajuda humanitárias foram trocadas por apenas uma: a Fundação Humanitária de Gaza (GHF), liderada por ex agentes da Cia e mercenários estadunidenses. A GHF vem apoiando o pleno de extermínio, seus agentes atiram sem pestanejar nos palestinos famintos e desesperados que se acumulam em torno do pouco alimento que é distribuído.
A relatora especial da ONU, Francesca Albanese vem afirmando o que já defendíamos a muito tempo, o bloqueio econômico é o único jeito de deter os sionistas que controlam o estado de Israel. Isso não significa que se deve abandonar outras iniciativas. Diversas organizações lideradas por judeus no mundo estão crescendo, como Judeus pela Paz e pela Justiça (JPJ), Israelenses pela Pressão Internacional (IPI) e Vozes Judaicas pela Libertação. Ações como a encabeçada pela África do Sul na Corte Internacional de Justiça em Haia — que o Brasil só aderiu agora, apesar de Lula vir contribuindo com a denúncia de genocídio em Gaza há muito tempo — já contam com apoio de mais de 70 países. Apesar da dura repressão nos países ocidentais — nas democracias liberais — as manifestações populares contra o genocídio em Gaza seguem crescendo no mundo.Voltando ao relatório de Francesca Albanese, não é difícil compreender porque o genocídio não é interrompido: ele é altamente lucrativo. São centenas de empresas, de várias partes do mundo e dos mais diversos ramos de negócios. Muito além do setor bélico e industrial, há negócios de tecnologia como biometria, robótica, bancos de dados, entre outros. Aqui enquadram-se empresas como Microsoft, IBM, Google, Amazon... Há ainda aquelas que fornecem, por exemplo, equipamentos pesados de construção e implementos agrícolas, como as enormes retroescavadeiras utilizadas para derrubar as casas dos palestinos e outras máquinas, caminhões que possibilitarão a construção de outro assentamento ilegal — Neste caso temos empresas como HD Hyundai da Coreia do Sul e o Volvo Group da Suécia, dentre muitas outras. Não menos importante, as plataformas de aluguel Booking e Airbnb que contribuem com anúncios de venda e aluguel de casas, condomínios, hotéis construídos em áreas invadidas por Israel. (O relatório chama-se "Da economia de ocupação à economia de genocídio" e pode ser encontrado aqui)
Por fim, o petróleo brasileiro, independente de ter sido vendido pela Petrobrás, ou alguma estrangeira que explora os nossos poços de petróleo, alimenta a máquina de extermínio em Israel, do mesmo modo que o carvão colombiano e da Bright Dairy & Food chinesa. Cito esses exemplos, porque trata-se de três países cujos líderes veem criticando duramente Israel, mas o empresariado destes mesmos países seguem contribuindo com o genocídio. É preciso parar o sionismo e só com um bloqueio total, político-econômico isso será possível. Enquanto isso não ocorrer os sionistas continuaram a limpeza étnica. Ontem, por sinal, o congresso israelense — Knesset — aprovou a "soberania israelense" sobre a Cisjordânia ocupada, um novo genocídio em andamento.
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